Soja: Os Fungicidas Para a Ferrugem da Soja São Adequados?

Estou refletindo sobre a maneira de como os fungicidas para ferrugem da soja agem e funcionam. Acendeu-se uma luzinha em minha mente dia destes quando estávamos aplicando fungicida na soja à noite. Com uma lanterna observei que o jato do bico do pulverizador só atinge a primeira folha de cima  e pelo efeito guarda-chuva a segunda folha abaixo recebe muito pouco produto. Pergunto: consigo eliminar e proteger a soja da ferrugem desta maneira com um produto que é sistêmico só no sentido ascendente? A ferrugem que está instalada nas folhas baixeiras jamais receberá produto, ou muito pouco. Recebendo pouco produto, é o caminho mais rápido para deixar a ferrugem resistente aos fungicidas atuais. Sabe-se que o fungicida se transloca e age na planta no sentido vertical a partir do local em que atinge as folhas da soja, não tem poder de descer até as folhas baixeiras, onde muitas vezes se encontra a ferrugem que vai atacar todo o pé de soja o que será fatal. Questiono por que os fungicidas não são concebidos e fabricados com efeito sistêmico total, como a maioria dos herbicidas e inseticidas que se translocam do última folha até a raiz? Com um fungicida totalmente sistêmico provavelmente com duas aplicações o problema estaria resolvido. Hoje na soja convencional é preciso aplicar até seis vezes é um absurdo. Falta descobrir a maneira de fazer o produto totalmente sistêmico, ou a venda de fungicidas não totalmente sistêmicos e de efeito limitado se torna mais interessante economicamente para o fabricante? Não quero acusar nenhuma fabricante de fungicidas, mas acho muito estranho  que produtos com melhor atuação nas plantas ainda não foram descobertos e postos à venda no mercado. Para baixar custos e fugir do uso excessivo de fungicidas resolvi este ano plantar soja com tecnologia Inox e Ipro. Pensei em usar fungicida uma vez por safra mas a assistência técnica me aconselhou usar três vezes, para não se perder as tecnologias IPRO e INOX, como praticamente se perdeu a tecnologia do milho BT, achei que seria interessante. Já apliquei as três vezes o que convenhamos tirou boa parte da vantagem da soja Inox. Precisamos de novas tecnologias, mas tenho receio de ficar refém destas e a melhor parte do bolo ficar com os produtos químicos e as culturas geneticamente modificadas.

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